Quem Somos

Mais antiga das entidades brasileiras dedicadas aos temas ligados à arquitetura, à cidade brasileira e ao exercício da profissão, o IAB é herdeiro do Instituto Brasileiro de Arquitectura, fundado no Rio de Janeiro em 26 de janeiro de 1921. Sem fins lucrativos, o IAB se dedica a temas essenciais ao arquiteto, à cultura arquitetônica e à sociedade. Formado por 26 departamentos em diferentes unidades da Federação, é liderada pela Direção Nacional, núcleo responsável pela articulação e pela coordenação dos departamentos, bem como pelas ações de abrangência nacional e internacional.

O IAB é membro fundador da União Internacional de Arquitetos (UIA), órgão consultivo da UNESCO para assuntos relativos ao habitat e à qualidade do espaço construído, e do Conselho Internacional de Arquitetos de Língua Portuguesa (CIALP). Por meio da Direção Nacional, o Instituto se faz representar nos órgãos da administração federal e se vincula a entidades internacionais, com destaque para as duas anteriormente citadas e para a Federação Pan-Americana de Associações de Arquitetos (FPAA).

IAB-BA

Fundado em 30 de Abril de 1954, o O Departamento da Bahia do Instituto de Arquitetos do Brasil reuniu 13 arquitetos professores e 18 arquitetos recém-formados pela antiga Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia, que funcionava no palacete Jonathas Abbot, localizado à Rua do Tijolo (hoje Rua 28 de Setembro), hoje sede da Secretaria Municipal de Serviços Públicos.

Foi seu primeiro presidente o arquiteto Diógenes Rebouças, um dos mais importantes arquitetos, urbanista e pintor baiano e um dos autores do Plano Urbanístico de Salvador, conhecido como Plano EPUCS, que introduziu as avenidas de vale na cidade do Salvador. Naquela época o curso de Arquitetura coexistia em harmonia com os cursos de Belas Artes: Pintura, Escultura e Gravura. Em 1959, com a contratação de novos professores, dentre eles a arquiteta Lina Bo Bardi, e o intenso movimento cultural desenvolvido no âmbito da UFBA, o curso de arquitetura da Escola de Belas Artes se emancipa formando a Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia.

Em dezembro de 1963, a diretoria do IAB-BA e seus associados, que não chegavam a 150 arquitetos, iniciam um movimento pela construção do edifício sede da entidade, inaugurado em 1966, durante o VI Congresso Brasileiro de Arquitetos, em plena ditadura militar. A sede o IAB-Ba está compreendida dentro do perímetro tombado do Centro Histórico de salvador na vizinhança imediata da Casa dos Sete Candeeiros, monumento nacional. Por força dessas implicações seu projeto foi posto em concurso entre os associados.

O projeto vencedor teve como principal preocupação a contextualização do edifício no Centro Histórico, o que o torna um belo exemplar de arquitetura contemporânea numa linguagem de novos valores do vocabulário plástico e funcional em voga na Arquitetura brasileira pós 50, traduzidos na volumetria predominantemente horizontal, cobertura de fibrocimento, grandes vãos envidraçados e alumínio anodizado, harmonizados com grossas alvenarias de pedra a vista, rejuntada com cascalho, utilizando pedras encontradas nas escavações e que pertenceram ao ao antigo baluarte da Cidade, fachadas em azulejos decorados, dentro de um plano de harmonia e adequação com a paisagem do entorno. Por suas características e harmonia com os edifícios vizinhos, a quadra do IAB-BA está sendo incluída no perímetro prioritário de atenção do Projeto Monumenta.

O IAB-BA como parte da Sociedade Civil, especialmente ligada à problemática da habitação e do urbanismo, tem participado ativamente, nos seus quase 60 anos de vida, no debate das questões urbanas e de moradia da cidade do Salvador, como recentemente fez com a divulgação de analise crítica do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano, PDDU-2004. Está atualmente negociando com a Caixa Econômica Federal a criação de um programa piloto de assistência técnica na área da requalificação urbana e habitacional de bairros periféricos de Salvador.