A Década de 2015 a 2024 foi declarada pelas Nações Unidas como a Década Internacional de Afrodescendentes. Com o tema, “Afrodescendentes: reconhecimento, justiça e desenvolvimento”, o principal objetivo apontado foi fortalecer a cooperação e as ações regionais, nacionais e internacionais relativas ao pleno gozo dos direitos econômicos, sociais, culturais, civis e políticos pelos afrodescendentes, bem como sua participação plena e igualitária em todos os aspectos da sociedade.
Entendendo que todos precisam fazer mais para garantir igualdade na justiça e nos sistemas de aplicação da lei e para promover e defender os direitos humanos da população afrodescendente em todos os lugares, o IAB-BA – atuante no Estado com maior número de pessoas autodeclaradas negras do Brasil – abraça a iniciativa passando a usar o selo da Década Afrodescendente em suas redes sociais e comunicações formais, conforme resolução aceita em Reunião do Conselho Superior da entidade (COSU).
“A população afrodescendente está entre as comunidades mais pobres e marginalizadas do mundo, comparecendo nas estatísticas de alto índice de mortalidade e mortes maternas, além de acesso limitado a educação de qualidade, serviços de saúde, moradia e seguridade social”, alerta Luiz Antônio de Souza, presidente do IAB-BA. “De outro lado, a mão Afro-Brasileira nos legou no campo da Arquitetura mestres entre os quais Antônio Francisco Lisboa (Aleijadinho), Valentim da Fonseca e Silva (mestre Valentim) e João Pinto de Oliveira Thebas (Thebas), entre tantos outros invisibilizados. Diante disso, acreditamos que dar visibilidade à Década é também uma forma de reparação histórica com os milhões de escravizados no nosso país”, completa ele.
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