Em carta enviada ao Prefeito ACM Neto, a entidade propõe o trabalho voluntário como construção da cooperação e ambiente de solidariedade junto às comunidades com problemas de moradia e infraestrutura básica.

O envolvimento da sociedade civil organizada tem sido um dos pontos fortes no combate ao coronavírus.  Dentro dessa perspectiva, o Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento da Bahia – enviou uma Carta Proposta à Prefeitura de Salvador propondo a criação de um programa de voluntariado que reunisse profissionais de diversas áreas para atuar junto às comunidades em situação de maior risco por causa de fatores como moradias insalubres, baixa infraestrutura básica e alto índice de coabitação.

Os Agentes Voluntários – arquitetos, educadores, psicólogos, assistentes sociais, estudantes e outros  – trabalhariam em conjunto com agentes de saúde municipal constituídos para reconhecimento das necessidades das comunidades visando a ações emergenciais. O programa inclui também a formação de outro grupo com profissionais remunerados de apoio –  pedreiros, hidráulicos, eletricistas, auxiliares de campo e demais especialidades.

Entre as medidas sugeridas estão:

Verificar condições do esgotamento cloacal e lançamento de esgoto nas ruas para tratamento com agentes químicos adequados;

Verificar oferta de água e propor soluções como uso de água da chuva, cisternas e reservatórios plásticos existentes no mercado para oferecimento de água potável;

Verificar condições de acomodação dos idosos e doentes e deslocá-los para abrigos, como escolas próximas;

Realizar pequenas melhorias nas moradias, como divisórias e outras benfeitorias emergenciais.

Para o presidente da entidade, Luiz Antônio de Souza, a situação atual “escancara as desigualdades, discriminação e divisão de nossa sociedade clarificando a desafiadora precariedade urbana de Salvador”. Nos segmentos de 0 a 3 Salários Mìnimos de renda domiciliar, a coabitação (existência de mais de uma família por domicílio) alcança valores que podem ultrapassar 80 mil domicílios do município. “A união e a solidariedade são as maiores forças que temos contra a pandemia”, acredita.

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