Ao vivo, 26/11, 18h: Bate-papo sobre Clovis Ilgenfritz

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Clóvis Ilgenfritz da Silva nasceu no dia 13 de março de 1939, uma segunda feira de lua nova, quase outono, na cidade de Ijuí (Ijuhy, que na língua guarani significa Rio das Águas, das Águas Claras ou Divinas), sede do município de Ijuí, região noroeste/Missões do Rio Grande do Sul, à época com uma população que pouco ultrapassava seis mil habitantes. Esse ijuiense é fruto da união de Ruben Kessler da Silva e Odila Ilgnefritz da Silva, dos quais também nasceram seus irmãos Iara Ruben e Renato.

Parte da sua infância foi num canteiro de obra e deve ter sido divertido! Clóvis constituiu família e se uniu em dois matrimônios que geraram seus três filhos: Tiago e Camilo, hoje arquitetos – do casamento com Lorena Holzmann, socióloga, professora universitária dedicada à pesquisa no campo da Sociologia do Trabalho –, e Ana Letícia, estudante – da união com Ana Céris dos Santos, licenciada em Letras.

Formou-se em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em 1965. E dedicou sua trajetória profissional a projetos e políticas de habitação popular por quase cinco décadas. Na década de 1970, formou uma comissão no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA), quando este ainda era o conselho dos arquitetos e urbanistas, para debater o tema da habitação social com colegas interessados na área.

Em 2002, apresentou o projeto da chamada Lei de Assistência Técnica para Habitação de Interesse Social (ATHIS) no Congresso Nacional, pela primeira vez, quando foi deputado federal pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Quatro anos mais tarde, na legislatura seguinte, seu colega arquiteto e urbanista Zezéu Ribeiro reapresentou o projeto, que depois virou a Lei 11.888/2008. A lei assegura, às famílias de baixa renda, assistência técnica pública e gratuita para o projeto e a construção de moradias.

Ele faleceu na noite de 23 de novembro de 2019, em Porto Alegre, pouco depois de receber, por indicação do IAB-BA, o Colar de Ouro, comenda criada pelo Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB)  como reconhecimento máximo aos arquitetos e urbanistas pela sua obra e atuação profissional. A honraria destacou seu pioneirismo na assistência técnica no Brasil.

Acesse aqui o Memorial do Arquiteto elaborado pelo presidente do IAB-BA, Luiz Antônio de Souza.